quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Lei e graça: antagônicos ou complementares?

A lei ou religiosidade dos escribas e fariseus não era baseada na essencia do Antigo Testamento, ou sua Bíblia Hebraica, mas no legalismo desenfreado que construíram (conforme, Mateus 5.17-20). Tais "leis" eram menos ou mais do que as Escrituras judaicas estabeleciam. Faltava-lhes o equilibrio, a retidão e o exercício da justiça.

Quando Jesus, segundo Mateus, afirma que cumpriu a lei, significa que ele obedeceu literalmente a essência da lei. Dizer que Jesus cumpriu a lei não significa que ele anulou o Antigo Testamento, nem mesmo que ele é o ponto final de tal revelação. Mas que ele levou à cabo a revelação de Deus no Pentateuco, Profetas e Poéticos. Portanto, o Antigo Testamento tem validade para os cristãos: Jesus acreditava que o "Tanak" era palavra de Deus, revestida de autoridade.

Em outras palavras, o relacionamento entre lei e graça é possível desde que entendamos que nossa salvação independe da lei, mas Jesus não nos isenta da lei como princípios para a vida dos seus seguidores. Somos salvos pela graça do Senhor e podemos contar com os conselhos de toda a Escritura (judaica-cristã) para nossa experiência de fé. Como podemos, pois, aplicar a Lei ou o Antigo Testamento hoje? É a partir de uma hermenêutica cristocêntrica que podemos estudar e obedecer plenamente a mesma Lei (em essência) que Jesus obedeceu.

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