Concordamos com John McCarthur que disse que “satanás sabe, por experiência, que quando o lar é enfraquecido toda a sociedade é enfraquecida, porque o âmago de todo relacionamento humano é a família”. Por isso, temos visto tantos insucessos na vida familiar de qualquer etnia.
Parece que na prática, em nossa sociedade liberal, feminista e individualista, o valor da família foi colocado em lugar periférico, quando deveria ser central. Os cônjuges já não sabem mais o que devem fazer um para o outro e dentro da dinâmica familiar para que a o casamento (a família) subsista.
Maggie Gallagher diz que “quando uma cultura começa a promover falsos conceitos de sexo e família, as reverberações são sentidas imediatamente, penetrando fundo nas esferas menos públicas e íntimas de nossa vida cotidiana”. É isso que temos testemunhado em pleno século 21, as reverberações da falência da família.
Um exemplo dessa permissão dos valores diabólicos na vida familiar é a frase divulgada nas redes sociais: antigamente, quando alguma coisa quebrava, a gente consertava; hoje em dia, quando algo se quebra, se joga fora e arruma outra.
Ou seja, não há em qualquer uma das partes da família afetada pelas demandas cotidianas um desejo bastante grande que se traduza em ações práticas para evitar o divórcio ou, pelo menos, consertar quando as coisas quebram. A descartabilidade do cônjuge não seria tão frequente se se desse o devido valor aos papéis que cada um exerce.
Quando os papéis entre marido e esposa seguem as tendências culturais, sem qualquer precedente bíblico, o divórcio é iminente. Portanto, um casal que serve a Deus deve se empenhar em descobrir e obedecer aos papeis bíblicos revelados no desígnio de Deus. Ao redescobrir a Palavra de Deus, maridos e esposas receberão as qualificações espirituais para o sucesso da vida conjugal.
Para ajustar seu papel conjugal segundo a Bíblia, preste atenção a estes conselhos para evitar o divórcio.
1) não queiram ser iguais, assumam suas diferenças e trabalhem acordos. Homens e mulheres são diferentes. Já na metade do século 20, a ciência tinha isso por certo. Cientificamente falando, até mesmo os cérebros são diferentes. Maridos e esposas são diferentes em questões genéticas e biológicas e também sociais. Isto é, o que Deus espera dos maridos é diferente do que ele espera das esposas.
Por causa da inversão dos papéis domésticos temos acarretado desastres que afetam toda a sociedade. A inversão os papéis não permite que se cumpram as exigências bíblicas para a convivência conjugal. Cada cônjuge deve ter atitudes um para com o outro de acordo com o que Deus espera que cada um faça de acordo com seu papel.
2) busque excelência em tudo que você fizer como marido ou esposa. O padrão divino está posto nas Escrituras. Descubra-os. Converse sobre eles. Assuma cada um o seu papel. Em resumo, a esposa deve ser submissa ao marido (Ef 5.22) e o marido deve amar sua esposa (Ef 5.25).
A Bíblia amplia estes padrões e dá maiores diretrizes em textos além de Efésios. A esposa excelente deve possuir caráter cristão, devoção como dona-de-casa, generosidade como esposa, influência como professora dos filhos e eficácia como mãe. Provérbios 31 é uma boa referência para as mulheres.O marido excelente vai à busca de um aperfeiçoamento de si para ser: companheiro, líder no lar, puro sexualmente, trabalhador e com atitudes piedosas como o silêncio pacificador e a exortação amorosa, ambos em momentos necessários. Nossa base para os homens concentra-se em 1 Pedro 3.7 e também nas qualificações de um líder segundo a compreensão paulina em 1 Timóteo 3.5.
3) valorize seu cônjuge pelo papel que Deus lhe concedeu a partir do momento em que vocês se casaram. Paulo advertiu as pessoas solteiras que querem casar-se que haverão muitas dificuldades na vida conjugal (1Co 7.28). Paulo disse isso porque esperava dos cristãos uma maior consagração a Deus, casados ou não. Porque o casamento é um ambiente de potenciais tensões e crises, ele também deve ser o espaço de intensa consagração e aperfeiçoamento pessoal para servir a Deus no casamento.Em outras palavras, nas dificuldades do casamento os maridos devem empenhar-se para serem melhores maridos (seja que situação for). A esposa pode ser efetivamente uma mulher sábia em meio às turbulências da vida doméstica. Cada qual com suas possibilidades, papéis e demandas.
Uma intempérie conjugal pode se tornar uma tentação para o divórcio. Quando isso acontecer, o marido não deve divorciar de sua esposa, nem ela dele. Dentro do exercício de seu papel, o cônjuge valoriza - acima de seus próprios desejos e argumentos - a sua família.
Pode até ser que o Genésio (nome fictício) queira divorciar da Genoveva (nome fictício), mas ele não deve fazer isso. Antes de seus desejos, Genésio deve pensar no bem estar do sistema em que está inserido e buscar meios de superação das dificuldades.
Enquanto indivíduo, você que é casado(a) pode ser tentado a divorciar por causa da pressão das dificuldades e das fraquezas que o cônjuge apresenta. Mas por causa do papel que Deus lhe deu quando casou, você busca meios de superar as situações adversas e superar-se sem divórcio e dependendo da graça de Deus em sua vida.
O divórcio para o cristão nunca foi e nem será uma alternativa para os fracassos no casamento ou para sair de constantes frustrações. A esposa frustrada deve pensar acima de tudo na família e por isso aprimorar-se. O marido aviltado deve procurar salvar sua família e por isso fortalecer-se.
Nesta busca pelo cuidado com a família (em crise ou não) o marido que apreende os papéis que Deus estabeleceu tem maiores chances de ser bem sucedido. E também a esposa. Inclusive, aproveito o espaço para lembrar as esposas do sublime papel que vocês têm no lar. Aprenda sobre ser esposa. Assuma isso. Vá além de seus desejos e limites pessoais, valorize seu marido porque ele é o seu marido, além de ser o “Genésio”. Não queira parecer com seu marido em seu papel social. Queira o seu papel.
Depois que vocês casaram, o Genésio é esposo; a Genoveva é esposa. Ele merece o que um esposo merece; ela merece o que uma esposa merece. Trabalhem nisso. Creio que é isso que traduz o que Paulo afirma em 1 Coríntios: “o marido deve cumprir os seus deveres conjugais para com a sua mulher, e da mesma forma a mulher para com o seu marido” (1Co 7.3). Quando um casal age assim, ambos transcendem as limitações e frustrações eventuais e vencem a tendência de divórcio.
Sugiro também algumas atitudes que cada um, dentro de seu papel, pode exercitar para melhorar sua condição de esposo ou esposa:
1.
Orem
juntos: revezem entre si quem inicia o tempo de oração;
2.
Leiam
livros sobre: casamento, sexo, filhos, etc.;
3.
Façam
cursos específicos na sua igreja local: exemplo, o crown;
4.
Aprendam
a dialogar, mesmo nas brigas, e cumpram os acordos;
5.
Encontrem
um hobie comum: invistam em descobrir
isso no outro;
6.
O
trabalho rouba muito tempo que pertence à família: dosem isso;
7.
Tirem
um dia para discutir os pontos fracos do casamento;
8.
Tirem
um dia para revelar e ressaltar os pontos altos do casamento;
9.
Superem
o desconhecimento sobre o sexo e façam amor;
10.
Descubram,
apreciem e exercitem a linguagem de amor do outro.
Ainda neste tópico de sugestões práticas para evitar o divórcio, Les e Leslie Parrot estabelecem dicas de pequenas coisas que podem fazer grande diferença no casamento:
1.
Separem
um tempo para o toque;
2.
Descubram
coisas que os façam rir;
3.
Façam
alguma atividade que os aproxime;
4.
Levantem
a auto-estima um do outro;
5.
Livrem-se
dos resíduos nocivos;
6.
Acendam
o fogo da paixão no quarto;
7.
Revisem
seus dez pontos altos;
8.
Estabeleçam
metas;
Antes
de lamentar-se por causa de um divórcio se envolva ativamente em um processo de
aperfeiçoamento pessoal que o ajude a viver o verdadeiro amor, em detrimento da
paixão. A descoberta do papel de marido/esposa é um dos caminhos. Vamos em
frente?
Que o Senhor conceda graça e misericórdia a todos os casais. E que no exercício do papel que Deus outorgou a cada um desde o dia do seu casamento, ele mesmo seja o guia dos pensamentos, dos valores e das atitudes. Que o sentimento de pertencimento, alegria e paz sejam perenes nos seus lares.
Que o Senhor conceda graça e misericórdia a todos os casais. E que no exercício do papel que Deus outorgou a cada um desde o dia do seu casamento, ele mesmo seja o guia dos pensamentos, dos valores e das atitudes. Que o sentimento de pertencimento, alegria e paz sejam perenes nos seus lares.
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