A
Bíblia possuí respostas para todos os tipos de assuntos que você perguntar.
Para o que você perguntar, ela certamente terá algo a dizer. No entanto, alguns
temas não estão tão explícitos assim. Se perguntar para a Bíblia como um marido
deve tratar sua esposa, claramente Efésios 5.25-33 dá a resposta. Mas se
perguntarmos sobre o carnaval no sentido em que é realizado no Brasil temos que
garimpar o texto bíblico um pouco mais.
A
definição comum de carnaval no Brasil é “festa da carne”. A palavra é derivada
dos termos latinos de “carnis”
(carne) e “valles” (prazeres). Os
estudiosos da história das civilizações afirmam que toda cultura tem um modo
diferente de realizar algum tipo de festividade ou carnavais. De uma modo
geral, o carnaval teria tido sua origem na Grécia antiga e, nos limites do
século XIX, despontou em Paris, na França, através de desfiles de fantasias.
Atualmente, o carnaval no Rio de Janeiro é considerado o maior carnaval do
mundo. Porém, no Brasil, seja em Recife, Rio de Janeiro, Curitiba ou qualquer
outro lugar brasileiro, a conotação geral é de libertinagem sexual.
A
Bíblia fala que as pessoas que não reconhecem a soberania de Deus têm suas
paixões carnais afloradas e são deixadas à mercê das consequências de uma vida
desregrada, a base para isso está em Romanos 1.24. Paulo argumenta em Romanos
1.18-32 que a ira de Deus recaí sobre as pessoas que procedem entregues às
paixões da carne. Portanto, o estado natural do ser humano sem Cristo é a
disposição natural de pecar; e quanto mais pecar, mais pecados irá cometer.
Para
o cristão, aquela pessoa que possuí o Espírito Santo habitando em seu coração,
pecar deixa de ser um habito e se torna uma eventualidade. O apóstolo João foi
claro em dizer que quem nasceu pelo Espírito não peca habitualmente. O cristão
peca, pode pecar, mas faz tudo para não pecar e agradar o Senhor com uma vida
pura. Pecar para convertido é um acidente, não algo premeditado. Pelo menos não
deve ser assim. Em outras palavras, todos somos pecadores, mas uns são mais
pecadeiros que outros porque estão sem o devido antidoto contra o pecado: a
presença do Espírito em seu interior.
Cada
um sabe muito bem onde lhe aperta o sapato e é nesta área da vida que o Senhor
quer tratar especialmente cada um de nós. Já no século primeiro o apóstolo
Paulo vai lidar com esta tendência natural das pessoas de pecarem, mas que por
causa de sua união com Cristo são dotados de uma nova natureza que os capacita
a não pecar e viver em santidade. Ele deixa isso claro em Romanos 6.1-14. Ou
seja, a vida cristã normal exige uma constante luta entre a carne e o espírito:
aquilo que a tendência pecaminosa de cada pessoa quer fazer versus a necessidade de viver os padrões
divinos de santidade de pensamento e comportamento.
Se
Paulo pudesse ver o que acontece no Brasil nesta época de carnaval o que ele
diria? Certamente, ele não diria nada diferente do que ele já nos disse nas
Escrituras, sobre a disposição humana de alguém sem Cristo de pecar, a
tendência natural às paixões da carne sem o controle do Espírito Santo e da
luta interior do cristão que só pode ser vencida pela presença da graça ativa
no nosso cotidiano. Até por quê o contexto carnavalesco padrão do Brasil não é
muito diferente das festas às divindades pagãs relacionadas às práticas sexuais
desenfreadas dos romanos do período em Paulo viveu e teve se posicionar firmemente
para ensinar como os cristãos deveriam viver em contextos assim.
Cabe
à nós, em pleno século XXI, mantermo-nos firmes contra a tendência da nossa
carne, viver uma disposição interior restaurada para glorificar a Deus e
acessar os recursos de uma vida de santidade para que na luta interior da carne
contra o espírito, o Espírito vença as tendências que nos afastam de Deus e nos
lançam nos braços do pecado. Firmados em Cristo vencemos o mal que habita em
nós e fora de nós.
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